Com mais dinheiro no bolso e podendo entrar no crediário, muita gente comprou moto nos últimos anos.
De 2000 a 2011 a frota desses veículos quase se multiplicou por cinco no país. Saltou de 3,5 milhões para 15,5 milhões. No mesmo período, a frota de automóveis dobrou, passando de 19,9 milhões para 39,8 milhões.
Esse aumento explosivo acabou também gerando problemas. Algumas estatísticas são sinistras: entre 2005 e 2010, as vítimas de invalidez permanente causada por acidentes de trânsito passaram de 31 mil para 152 mil por ano. E subiram 52% nos primeiros nove meses de 2011.
A explicação anda sobre duas rodas: 70% dos casos no ano passado foram de pessoas que usavam motos.
Os dados mostram que os brasileiros estão despreparados para essa nova realidade. O problema exige ação mais firme do poder público. É preciso disciplinar a convivência de motos e dos outros veículos nas ruas e rodovias.
É indispensável que os candidatos à habilitação sejam mais bem educados e que a fiscalização melhore.
Na maioria das cidades, por exemplo, os radares não pegam motos. As placas escapam das lentes por serem pequenas ou porque os aparelhos fotografam a dianteira, e as motos só têm o número na traseira. Em São Paulo, já começam a implantar radares para motos, mas ainda são poucos.
É necessário também rediscutir a lei. Será que foi uma boa deixar motos trafegarem entre as faixas? Parece que não.
Enfim, é preciso educar, fiscalizar e punir. Não dá mais para ignorar o que está acontecendo.
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