Com a remoção de 7,5 toneladas de lixo e limpeza das vias e calçadas, a cracolândia, na região central, ficou com outra cara.
Pena que esse aspecto um pouco mais urbano e civilizado já tenha data marcada para terminar: no dia 31, quando a Polícia Militar deverá encerrar sua mais recente operação naquela área.
Os paulistanos já se acostumaram com essas intervenções. A polícia chega, dispersa a massa de maltrapilhos, detém suspeitos de tráfico, limpa o pedaço e --não demora muito-- tudo volta a ser como antes.
Desta vez, a operação promete ser mais eficiente na assistência aos drogados. Equipes de saúde tentarão encaminhar viciados para tratamento.
O problema, sem dúvida, é difícil de ser resolvido. O crack é uma praga que, para ser vencida, exige tempo e determinação. A droga é barata e tem efeito fulminante.
Recentemente o governo federal aprovou medidas que devem ajudar no combate, como a criação de mais leitos hospitalares e equipes médicas especializadas.
Esse é um aspecto fundamental. O outro é a repressão ao tráfico, tarefa da polícia. Mas não adianta só ficar atrás do pequeno traficante, que vende a pedra no varejo. Essa é a arraia-miúda.
É preciso identificar os tubarões, aqueles que ganham dinheiro à custa da desgraça alheia, da destruição de vidas e de famílias.
Se conseguirem ser eficientes nessas duas frentes, as autoridades podem não acabar com o problema, mas vão reduzir suas dimensões.
Caso contrário, ficaremos assistindo a operações que não enganam ninguém.
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